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05/08/2015

Apresentador da BBC testa dieta que promete reduzir colesterol Comente

O apresentador Michael Mosley testou diversas dietas e surpreendeu-se com o resultado


Uma dieta pode ter o mesmo efeito em reduzir o colesterol que um tratamento com estatinas?

Eu faço documentários sobre ciência há anos e, nesse período, cobri diversos temas. Mas eu tenho um interesse especial particular. Minha árvore genealógica é marcada por problemas cardíacos e sei que, se não tomar cuidado, meu nível de colesterol tende a subir.

Não estou sozinho - 60% das pessoas na Grã-Bretanha têm níveis de colesterol elevados demais e estatinas são cada vez mais recomendadas. No entanto, elas têm efeitos colaterais e muitas pessoas relutam em passar a vida inteira tomando pílulas.

Assim, quis descobrir: é possível diminuir o colesterol apenas mudando a dieta?

Pedimos ao médico Scott Harding, do King's College de Londres, para nos ajudar a criar e gerir um pequeno estudo. Recrutamos 42 voluntários, todos preocupados sobre os níveis de colesterol e interessados em descobrir o que poderiam fazer sem a medicação.

Começamos com amostras de sangue para identificar os níveis atuais de colesterol total.

O colesterol é uma coisa complicada. A maior parte é produzida no fígado e, em seguida, enviada para células que dele necessitam, ligadas a uma lipoproteína chamada LDL (lipoproteína de baixa densidade).

O LDL é frequentemente chamado de "colesterol ruim" ou "alto" - seus níveis elevados estão associados ao risco elevado de doença cardíaca. O HDL (lipoproteína de alta densidade) é conhecido como colesterol "bom" porque transporta o colesterol das artérias para o fígado.

As recomendações atuais são de que os níveis de LDL devem ser inferiores a 3 mmol/l e de HDL superiores a 1 mmol/l.

A partir das amostras, Scott separou os voluntários aleatoriamente em três grupos. Cada grupo teve que mudar a dieta de uma maneira diferente.

O primeiro grupo adotou uma dieta tradicional de baixo colesterol: trocou as gorduras animais por opções à base de vegetais ou baixo teor de gordura. Cortaram ovos, bacon e salsichas, e privilegiaram o consumo de frango sem pele.

O segundo grupo não teve de desistir de qualquer alimento, mas teve que ingerir 75 g de aveia por dia, o equivalente a três porções. A aveia é rica em fibra, e qualquer forma de fibra, independente da origem - cereais, leguminosas (feijões e lentilhas) ou vegetais - ajuda a diminuir o colesterol.

Já o terceiro grupo comeu normalmente, mas adicionou 60g de amêndoas por dia (dois punhados) à dieta. Nos últimos anos, amêndoas, nozes e avelãs tornaram-se populares graças a estudos que sugerem que podem reduzir o colesterol. Nozes são ricas em fibra e esteróis vegetais, que podem atrasar a absorção de gordura e colesterol.

Munidos de suas dietas, os voluntários iniciaram os testes, que duraram quatro semanas.

Dieta Portfolio

Ao invés de adotar uma das dietas, quis ver se a combinação de elementos dos três experimentos poderia ter um efeito maior. Então, cortei um pouco de bacon e salsichas e adicionei aveia e amêndoas à minha dieta.

Fonte: UOL

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