Hiran Matheus Silva de Araújo e Valesca Popozuda em vídeo de divulgação do projeto
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De um lado da disputa judicial estão a funkeira e seu empresário, Leandro Gomes de Castro, mais conhecido no mundo artístico como Pardal. Do outro, o aluno da faculdade de Cinema da Universidade Federal Fluminense Hiran Matheus Silva de Araújo, 22 anos, que cobra da dupla indenização por danos materiais e morais no valor de R$ 31 mil.
No documento de mais de cem páginas, o jovem aspirante a cineasta acusa a cantora e seu agente de não cumprirem o contrato de permuta assinado em 13 de janeiro de 2013, no qual Valesca compromete-se a "prestar seus serviços como atriz" e Pardal a financiar 50% do custo do filme. Em troca, Hiran e sua equipe executariam gratuitamente um videoclipe para a cantora disponibilizar em seu canal no YouTube e em outros meios de divulgação.
Procurado pela reportagem, o empresário afirma desconhecer que ele ou Valesca estejam sendo processados. "Eu não tenho nada para esconder de ninguém, só que eu realmente não sei de ação nenhuma. Sobre a Valesca, se ela sabe eu tenho que ligar para ela (para confirmar)". Questionado sobre a existência do contrato do filme, Pardal respondeu que só se pronunciaria após conversar com a sua advogada. Já a cantora não respondeu aos recados deixados em sua secretária eletrônica.
Na ação, o estudante alega que ele e seus parceiros também procuraram a cantora e seu empresário por meio de telefonemas, e-mail e mensagens de celular. Em conversas de WhatsApp as quais o UOL teve acesso com exclusividade, Mário Pragmácio, representante legal do universitário, tentou algumas vezes agendar reunião para resolver o impasse com o empresário de Valesca. Pardal até prometeu comparecer ao encontro. Porém, segundo o estudante, nunca chegaram a se reunir.
Segundo texto do processo, Myrella Marinho, então assessora de imprensa de Valesca, comunicou que a artista não desejava mais aparecer em cenas, digamos, demasiadamente ousadas previstas no roteiro. Para assessora, sequências como a que a funkeira teria que simular uma relação de sexo oral e interpretar um orgasmo não eram mais compatíveis "aos altos investimentos na carreira" da artista, que abandonara as letras vulgares para transitar em todas as classes sociais.
Descontentes com o roteiro do filme e sem mais depender do estudante para realizar seus videoclipes (Valesca garante ter gasto R$ 497 mil de seu próprio bolso para realizar "Beijinho No Ombro"), a cantora e o empresário condicionaram a participação nas reuniões e, consequentemente, no projeto à mudança radical do enredo do curta-metragem.
"Eu vou cumprir com a minha parte desde que o tema não seja esse, já conversamos quase 40 minutos no telefone sobre isso. Quando vocês tiverem outro tema, eu marco a data e assino um novo contrato, só depende aí do seu cliente", afirmou Pardal em outro trecho da troca de mensagens com Pragmácio.
O empresário por fim cortou relações com os produtores do filme e não respondeu sequer à notificação extrajudicial enviada pelo representante legal de Hiran, dando indícios que o cumprimento do contrato não seria mais uma opção.
Na próxima quinta-feira (29), será realizada a primeira audiência de conciliação entre Valesca e Pardal com os produtores do filme.
Fonte: Uol
Fonte: Uol
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